Um azar nunca vem só! || Ein Unglück kommt selten allein.
Há um ditado português que diz “um azar nunca vem só!” e no sábado pudemos comprovar isso, visto que eu estava inspiradíssima para fazer asneiras. Não consegui completar uma única tarefa sem fazer algo de errado.
No último fim-de-semana fomos convidados para um churrasco: para mostrar os meus dotes culinários resolvi fazer uma tarte de nata (sobremesa tipicamente portuguesa). O arquitecto ainda sugeriu fazermos uma sobremesa mais simples, mas todos sabemos o quanto os estrangeiros adoram o “nosso” pastel de natal. Durante a semana comprei todos os ingredientes e escolhi uma receita simples, para não haver problemas.
Acontece que o primeiro problema ocorreu logo no recheio: errei (catastroficamente) na medida. Não me perguntem como, mas apesar de ter lido três vezes a receita, troquei 22 gr. por 220 gr. Ao reparar no erro crasso coloquei aquela massa de lado e recomecei o processo todo de novo. O segundo problema aconteceu dentro do forno: a massa folhada (que tinha sido previamente picada) apanhou ar e fez com que parte do recheio fosse despejado no forno. A tarte que estava perfeita ficou com um aspecto meio tosco. Para terminar, ao chegarmos à festa (no estacionamento) reparámos que alguém nos tinha riscado o carro.
Com tantos azares seguidos ocorreu-me dizer um porra (com bastante intensidade) e seguir para a festa. No final do dia tudo correu bem: a nossa tarte foi bastante elogiada e até confundida com o verdadeiro pastel de nata. A massa “estragada” foi transformada em bolachas de maizena que ficaram uma delícia. Em relação ao nosso estimado carro optámos por ignorar o risco.
Foto: Iqdoodle
Apelando ao vosso sentido de humor, partilhem connosco alguns dos vossos maiores azares. Até à próxima publicação!